Rivoli
Teatro Municipal
Praça D. João I
4000 - 295 Porto
Telefone: 22 339 22 00 (geral) 22 339 22 01 (bilheteiras)
Fax: 22 339 22 02
Em pleno coração do velho Porto, o então chamado Teatro Nacional foi inaugurado em
1913, com pompa e circunstância adequada. O imenso teatro nessa altura aberto à
curiosidade geral prometia tornar-se pólo privilegiado da vida cultural e social local.
Mudanças profundas na baixa portuense obrigaram a repensar o edifício, que acompanhou
assim a evolução urbana das três décadas seguintes, no fim das quais se desenhou o
actual perfil do centro da cidade.
O longuíssimo imóvel foi remodelado, dando origem, em 1932, ao Teatro Rivoli, de menores
dimensões e estrutura já adaptada à onda cinematográfica que invadia o burgo. A
sétima arte passava a ocupar lugar de honra no equipamento - onde já em 1926 tinha sido
instalado um ecrã - mantendo, no entanto, a programação onde a ópera, bailado, teatro,
concertos, tinham lugar cativo.
As estreias e as apresentações diversificadas sucediam-se, marcando o ritmo das
temporadas e fazendo a história da cultura portuense, especialmente brilhante nas
décadas de 40 e 60, período áureo da gestão de Maria Borges, figura prestigiada, cujas
preocupações beneméritas se uniam à curiosidade intelectual e estética.
No entanto, a posterior situação financeira menos favorável e a procura de público a
todo o
preço afecta a imagem do teatro, ocupado por um cartaz de cinema de nível inferior. É
nesta situação degradada, ambiente desconfortável, equipamento obsoleto, sem
programação regular ou público próprio, que o Rivoli se encontra em 1989, altura em
que a Câmara Municipal do Porto o decide adquirir, para devolver à cidade e aos
espectadores um espaço inegavelmente ligado à sua memória.
Uma primeira fase de obras permite retomar a oferta de iniciativas culturais à
população, experimentando potencialidades do imóvel, em zonas tradicionais -
auditório, palco, foyer - mas também em blocos até aí desaproveitados, camarins, 2º
balcão. Foi um período profícuo em que se auscultaram necessidades, se ouviram
parceiros, se pensou o edifício e o projecto para lhe dar vida.
O teatro encerrou assim quase três anos, durante os quais sofreu a remodelação interior
que rearranjou umas áreas e criou outras. O projecto do arquitecto Pedro Ramalho, a par
da funcionalidade investiu na qualidade, de forma a oferecer um espaço para «visitar,
discutir, criticar, usufruir», multiplicando os palcos e os seus ocupantes no desafio
maior da articulação de linguagens e experiências, da investigação de novas
relações entre o passado e o presente.
A programação quer-se, portanto, campo de Exercício onde as contradições circulem,
haja lugar para os grandes espectáculos mas também para as formas breves, conjugando a
utopia do edifício com a cidade e os tempos que vivemos. Um espaço adaptado às
diferentes formas de expressão, aos actuais hábitos dos espectadores, às necessidades
culturais de toda a área metropolitana para que foi aberto este «novo» Rivoli Teatro
Municipal.
Autocarros (entre outros)
9/29/49/59 - Areosa/ Costa Cabral
78 - Foz/Hosp. S. João
20 - Constituição/Boavista
82/84 - Gaia/Boavista
6/23/83
Comboios
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Estacionamento (mais próximo)
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