Teatro São João

Vidas Íntimas

de Noël Coward

encenação Jorge Silva Melo

Vidas Íntimas

Descrição

Jorge Silva Melo e os Artistas Unidos abrem-nos uma inesperada janela sobre o sofisticado e genial Noël Coward (1899-1973), um dos autores mais representados no mundo anglo-saxónico durante os anos 1920-30. O dramaturgo britânico foi depois negligenciado e mais tarde “recuperado” (Harold Pinter, em gesto de homenagem, encenou-lhe uma peça no National Theatre em 1976), sendo hoje de uma inatualidade insolente. Vidas Íntimas (1930) é uma daquelas peças a que associamos um cortejo de adjetivos e proezas. Senão vejamos: escrita em apenas três dias, foi o seu mais duradouro sucesso de crítica e bilheteira, o exemplo mais eloquente da sua arte. É uma peça sobre o brilho e a opacidade da linguagem, sobre as alegrias e os malefícios do casamento e do divórcio, sobre casais que não são felizes juntos nem separados, sobre as luzes que se apagam quando acaba o champanhe. A épica leveza de Coward não deverá nunca confundir-se com ligeireza, a sua frivolidade é inquietante. Philip Hoare, um dos seus biógrafos, notou que “apesar de todo o brilhantismo cómico, Coward pode ter sido um dos maiores trágicos da sua época”. Vidas Íntimas, defende, é um “divertimento sombrio”. E acrescenta: “Faz-nos rir tanto que nos esquecemos de chorar.”


Programa de sala

VIDAS ÍNTIMAS


Créditos

de Noël Coward encenação Jorge Silva Melo

tradução Miguel Esteves Cardoso cenografia Rita Lopes Alves, José Manuel Reis figurinos Rita Lopes Alves luz Pedro Domingos desenho de som André Pires assistência de encenação Nuno Gonçalo Rodrigues

com Isabel Muñoz Cardoso, Rita Durão, Rúben Gomes, Tiago Matias, Vânia Rodrigues

coprodução Artistas Unidos, Centro Cultural de Belém, TNSJ

estreia 31Out2019 Teatro Municipal de Vila Real dur. aprox. 1:45 M/12 anos