Teatro Carlos Alberto

Um Plano do Labirinto

texto Francisco Luís Parreira

criação Companhia João Garcia Miguel

Um Plano do Labirinto

Descrição

Sabemos da irreverência das encenações de João Garcia Miguel. Refira-se, por exemplo, o desassombro das suas operações sobre Shakespeare em Burgher King Lear (2007) ou Calderón de la Barca em La Vida Es Sonho (2015). Regressa com Um Plano do Labirinto, adaptando um texto da lavra de Francisco Luís Parreira (na que é já a quarta criação conjunta de “uma estreita e durável relação”), para quem a reverberação das situações históricas ou dos textos antigos que elege é um revelador do que somos hoje – é sua a espantosa tradução do poema babilónico Épico de Gilgameš, um dos textos mais antigos do mundo. Depois de Lilith, associado à crise na Grécia/Europa, de Três Parábolas de Possessão, impregnado de referências bíblicas e do conflito israelo-árabe, e de uma versão livre de Medeia, Um Plano do Labirinto é um polifónico conto mitológico sobre a diáspora portuguesa no século XX, no Oriente e em África, interrogando-se/nos sobre a verdade e a mentira de muitas histórias recolhidas da “nossa” guerra no “Ultramar”. Uma delas, exemplar na sua “indiferença à verdade”, conta um imaterial confronto entre soldados de uma patrulha e uma manada de antílopes na savana inexplorada. “Por que razão mentem estas histórias tão ostensivamente?”

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Programa de Sala

Um Plano do Labirinto

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Créditos

texto Francisco Luís Parreira direção e espaço cénico João Garcia Miguel

coreografia Lara Guidetti figurinos Rute Osório de Castro direção técnica Roger Madureira direção de produção Georgina Pires assistência de encenação Rita Costa

interpretação Sara Ribeiro, Paulo Mota, João Lagarto

coprodução Companhia João Garcia Miguel, São Luiz Teatro Municipal, Teatro Ibérico, Sanpapié, TNSJ apoios Teatro Aveirense, Teatro-Cine de Torres Vedras, Junta de Freguesia do Beato, Instituto do Emprego e Formação Profissional

dur. aprox. 1:20 M/12 anos