Este é o Meu Corpo

Descrição

Este é o Meu Corpo unifica quatro decisivos solos de Mónica Calle e desenha um arco temporal de 28 anos, a que a secularidade do Mosteiro de São Bento da Vitória, onde serão apresentados, tão bem se ajusta. Neste gesto, a criadora e intérprete revisita, questiona e atualiza um corpo de trabalho, sondando o seu devir. Um corpo físico, pessoal e artístico, mas também um corpo coletivo, sempre construídos em oferta, em relação com os outros, trabalhando a palavra, palavra feita corpo. A Virgem Doida (1992), com texto de Rimbaud, foi o solo-estreia de Mónica Calle e da estrutura que fundou, a Casa Conveniente, centelha inaugural de um teatro íntimo e cúmplice. Rua de Sentido Único (2002), monólogo de viragem, iniciou uma nunca acabada demanda sobre o lugar e o papel do espectador. Em Os Meus Sentimentos (2013), são as palavras de Dulce Maria Cardoso o que Calle lê e habita como uma segunda pele, num denso solo-fleuve. A escrita de Henry Miller é a matéria transformada em Rosa Crucificação (2018), criando um lugar e um tempo de liturgia e comunhão, onde os nossos medos, desejos e memórias se confrontam. Um tempo outro, sagrado e profano, um teatro minimal, um teatro total.

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Programa de sala

Este é o Meu Corpo

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Créditos