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O Balcão

07 Mar

Teatro Nacional São João Online

O Balcão

de Jean Genet 

encenação Nuno Cardoso 

realização Luís Porto

Sinopse do evento

"O que há de belo à face da terra é às máscaras que o devemos


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“Gostaria que o mundo mudasse para eu ser contra ele.” Jean Genet viveu num estado de permanente revolta. Para ele, o teatro era um lugar “onde todas as liberdades são possíveis”. O Balcão , a sua obra mais ambígua e mais terrível, joga-se no interior de um bordel de luxo, espaço confinado, asséptico e hipervigiado, atravessado por ecos de uma revolução em curso. É com ela que **Nuno Cardoso** encerra a sua “trilogia da inauguração”, conjunto de três peças que dão corpo à ideia de um teatro de repertório exigente, intemporal, transfronteiriço. Arrancou com um dos textos matriciais da modernidade teatral ( A Morte de Danton , de Georg Büchner) e prosseguiu com a revisitação de um cânone da dramaturgia clássica portuguesa ( Castro , de António Ferreira). O Balcão densifica alguns dos temas em circulação, como o poder como claustrofobia, os ocasos das revoluções, as sedutoras vizinhanças entre o sexo e a morte. Comédia erótica, drama metafísico, farsa fúnebre? Barroco e indisciplinado, este Balcão , servido por uma tradução da poeta Regina Guimarães, é avesso a formatações. Ele arrisca-se a ser, como sempre em Jean Genet e como sempre em Nuno Cardoso, o palco da nossa imaginação. 


A Rapariga: ( Muito doce. ) A guerra vem aí, meu general. Será ao final do dia, num pomar de macieiras. O céu estará calmo e róseo. Uma súbita paz – o lamento das pombas –, uma paz como aquelas que antecedem os combates, inunda a terra. A temperatura é muito amena. Um fruto rolou na erva. Não é uma maçã, é uma pinha. As coisas sustêm a respiração. A guerra foi declarada. E está bom tempo. […] A morte mostrava-se finalmente ativa. Ágil, corria dum lado para o outro, escavando uma ferida, apagando um olho, arrancando um braço, cortando pela raiz um grito, um canto. A morte estava exausta. Exaurida, ela mesma morta de cansaço. Então fez-se leve e adormeceu sobre os teus ombros. E aí se quedou a dormitar. Jean Genet – O Balcão

Créditos

de Jean Genet encenação Nuno Cardoso tradução Regina Guimarães cenografia F. Ribeiro figurinos TNSJ desenho de luz Filipe Pinheiro sonoplastia João Oliveira vídeo Fernando Costa voz Carlos Meireles movimento Elisabete Magalhães dramaturgia Nuno Cardoso, Ricardo Braun assistência de encenação Ricardo Braun interpretação Afonso Santos, Ana Brandão, António Afonso Parra, Joana Carvalho, João Melo, Margarida Carvalho, Maria Leite, Mário Santos, Rodrigo Santos, Sérgio Sá Cunha Realização vídeo Luís Porto produção Teatro Nacional São João

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