José Álvaro Correia (1976-2022)

Perdemos José Álvaro Correia, um dos mais talentosos desenhadores de luz do teatro português e um querido colaborador deste Teatro Nacional. Devemos-lhe a luz – quer dizer: o brilho, o fulgor, a cintilação – de várias produções teatrais do São João encenadas por Nuno Cardoso, de quem foi um dos mais próximos colaboradores, mas também de muitos espetáculos de diversas companhias que acolhemos e coproduzimos ao longo dos últimos 20 anos.
No TNSJ, José Álvaro Correia assinou o desenho de luz de produções tão marcantes quanto _O Despertar da Primavera_, de Frank Wedekind (2004), _Woyzeck_, de Georg Büchner (2005), _Plasticina_, de Vassili Sigarev (2006), _Platónov_, de Anton Tchékhov (2008), _A Morte de Danton_, de Georg Büchner (2019), _Castro_, de António Ferreira (2020), _Espectros_, de Henrik Ibsen (2021), e _Lear_, de William Shakespeare (2021), espetáculos encenados por Nuno Cardoso, e _A Promessa_, de Bernardo Santareno (2017), com encenação de João Cardoso.
Ao longo de duas décadas, o teatro foi o seu principal palco de trabalho, mas também desenhou a luz de concertos, óperas, espetáculos de dança, exposições, vídeo, instalações, espaços públicos e eventos.
Formado em Produção de Teatro pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto, José Álvaro Correia foi professor na Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha e coautor do _Manual Técnico de Iluminação para Espetáculos_, obra onde deixou fixado parte do seu legado.
O Teatro Nacional São João solidariza-se com a família e todos os amigos de José Álvaro Correia, que recordará com amizade e admiração.
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22 de agosto de 2022
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