As Leituras no Mosteiro encontram-se suspensas. Se tiver adquirido bilhetes deverá entrar em contacto com a bilheteira, através do número grátis 800 10 8675 ou do e-mail bilheteira@tnsj.pt

As Leituras no Mosteiro olham para a programação do centenário Teatro São João e elegem alguns dos seus momentos mais marcantes. Este itinerário começa em 1920, o ano inaugural, quando a Companhia do Teatro Nacional Almeida Garrett apresentou A Castro, de Júlio Dantas, uma adaptação da Castro de António Ferreira, e termina em 1972, com o provocatório Insulto ao Público, de Peter Handke, produzido pelo Grupo 4, fundado por, entre outros, João Lourenço e Irene Cruz. O São João esteve sempre na rota dos criadores de referência nacionais, como a Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro, que o visitou em 1962 com uma peça incómoda, As Bruxas de Salém, de Arthur Miller. Arrojada foi também a escolha do encenador Francisco Ribeiro, o Ribeirinho, que revelou À Espera de Godot, de Beckett, em 1959. Mas esta pequena história também se faz de momentos com alguma relevância internacional. Relembramos a passagem da Compagnie Sacha Pitoëff em 1962, com uma produção de A Gaivota, de Tchékhov, num elenco onde pontificava Romy Schneider, ou a Compagnia Ermete Zacconi, que nos brindou em 1922 com Os Espectros, de Ibsen. E não nos esquecemos de Ionesco, o autor de A Cantora Careca, que a Companhia Luís de Lima aqui mostrou em 1959. Nesse ano, o dramaturgo franco-romeno marcou presença numa sessão do Clube Fenianos Portuenses. Terá visitado o então São João Cine, uma sala de cinema que não deixou nunca de programar espetáculos de teatro?